O Povo Cigano, diz-se ser o Guardião da Liberdade, tendo como lema: “O céu é o meu tecto; a Terra é a minha Pátria e a Liberdade a minha religião”, traduzindo um espírito, essencialmente, nómada e livre dos condicionamentos das pessoas sedentárias. Os Ciganos, apesar de viverem em acampamentos, possuem uma bandeira, um hino e um idioma próprio.
A bandeira foi instituída como símbolo internacional de todos os ciganos do mundo, no ano de 1971, pela International Gypsy Committee Organized, no primeiro World Romani Congress (primeiro Congresso Mundial Cigano), realizado em Londres. A bandeira é constituída por três elementos: a roda vermelha, o azul e o verde.
A roda vermelha no centro simboliza a vida, representa o caminho a percorrer e o já percorrido, a tradição como continuismo eterno; sobrepõe-se ao verde e ao azul, com os seus aros representando a força do fogo, da transformação e do movimento.
O azul representa os valores espirituais, a paz, a ligação do consciente com os mundos superiores significando a libertação e a liberdade.
O verde simboliza a Mãe Natureza, a Terra, o Mundo Orgânico, a força e a luz do crescimento vinculado com as matas, com os caminhos abertos pelos Ciganos; representa o sentimento de gratidão e respeito pela terra, o que ela oferece, de preservação da natureza. Simboliza a relação de respeito por tudo o que ela oferece, proporcionando a sobrevivência do Homem e a obrigação de ser respeitada pelo mesmo que dela retira suprimentos, devendo mantê-la defesa.