A família é a base da organização social dos ciganos, não havendo hierarquia rígida no interior dos grupos. O comando normalmente é exercido pelo homem mais capaz. O homem é o chefe da família, decisor e detentor do poder. Encontra-se muitas vezes fora de casa, quer para manter os laços sociais, quer para fazer negócios.
A mulher cigana desempenha um papel muito importante: desde cedo trata da casa, dos irmãos e mais tarde dos filhos, ao mesmo tempo que ajuda na venda, dando um contributo muito importante para a economia familiar. É a educadora dos filhos pequenos e das filhas ate ao casamento, mantendo as tradições vivas e transmitindo-as. É comum haver lideranças femininas, como as matriarcas e as tias-conselheiras, lembrando que nenhum cigano deixa de consultar as avós, as mães e tias para resolver problemas importante. São as mulheres que cada vez mais assumem o controlo económico da família. O resultado é uma situação contraditória em que o homem manda, mas é a mulher quem sustenta o grupo.
A família é constituída por vários casais com os filhos respectivos e por gerações diferentes.
O filho quando casa leva a mulher para a casa dos seus pais, passando a viver em casa separada só depois do nascimento dos próprios filhos. O nascimento do primeiro filho consolida a família, sendo a descendência normalmente numerosa e bem acolhida. A sua educação desenvolve-se em contexto colectivo, estando a família sempre presente.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Organização Social da Comunidade Cigana
O casamento entre duas pessoas, que se faz segundo a lei cigana, é a origem da formação da família cigana, unidade base da sua organização social, económica e educativa do grupo. Assim, a organização social depende dos laços consolidados pelas trocas matrimoniais entre alguns grupos sujeitos a regras e leis comuns.
A organização social da comunidade cigana está assente num quadro de valores simbólicos e morais, num conjunto de regras e interdições ligadas ao conceitos de limpeza e pureza, aos comportamentos que envolvem os relacionamentos de homens e mulheres, aos respeito pelos mais velhos, ao amor e dedicação às crianças, ao luot que os une na dor, à veneração pelos seus mortos.
A solução para conflitos ou faltas graves tem que ser encontrada em conjunto pelo grupo dos mais velhos, adoptada em consenso e baseada nos valores da moral e do respeito pela honra e pela pureza.
O castigo imposto pela comunidade é aplicado ao infractor e alargado a toda a família. Há também muitas vezes o recurso à opinião e conselho do Tio, homem de respeito, de certa idade, com família numerosa, inteligente e sábio, que está bem na vida e sabe falar, e que é reconhecido pela comunidade.
A organização social da comunidade cigana está assente num quadro de valores simbólicos e morais, num conjunto de regras e interdições ligadas ao conceitos de limpeza e pureza, aos comportamentos que envolvem os relacionamentos de homens e mulheres, aos respeito pelos mais velhos, ao amor e dedicação às crianças, ao luot que os une na dor, à veneração pelos seus mortos.
A solução para conflitos ou faltas graves tem que ser encontrada em conjunto pelo grupo dos mais velhos, adoptada em consenso e baseada nos valores da moral e do respeito pela honra e pela pureza.
O castigo imposto pela comunidade é aplicado ao infractor e alargado a toda a família. Há também muitas vezes o recurso à opinião e conselho do Tio, homem de respeito, de certa idade, com família numerosa, inteligente e sábio, que está bem na vida e sabe falar, e que é reconhecido pela comunidade.
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