sexta-feira, 25 de maio de 2012
Estudo revela que dispersão de familias ciganas aumenta frequência escolar
No dia 23 de Maio, o Jornal de Noticias publicava uma noticia intitulada "Estudo revela que dispersão de famílias ciganas aumenta frequência escolar", tendo como ponto de partida o caso das famílias ciganas do Bairro do Ingote, em Coimbra, apoiadas pelo projecto Mediador Municipal, o artigo apresenta um estudo que revela que a maior dispersão entre as famílias ciganas aumenta a frequência escolar assim como um maior investimento na higiene e na conservação das suas casas. O referido artigo vem abaixo apresentado:
"A atribuição de habitação pela cidade de Coimbra a famílias de etnia cigana está a provocar o aumento da frequência escolar e a reduzir os casamentos precoces da comunidade, conclui um estudo divulgado esta quarta-feira.
Os responsáveis pelo Projeto Mediador Municipal de Coimbra afirmam existir uma maior preocupação com a inserção das crianças no meio escolar e sublinham que o fenómeno está a abranger cada vez mais raparigas e não apenas nos níveis de escolaridade inferiores.
Das 53 crianças e jovens de etnia cigana que estão a estudar em Coimbra, "quatro meninas já ultrapassaram o 9º ano", afirmou Bruno Gonçalves, o mediador cultural do município, satisfeito com o crescente interesse da população cigana em "ter as crianças na creche e no pré-escolar".
De acordo como o estudo, a dispersão de residência das famílias ciganas tem permitido uma "pressão menor da família", o que "implica uma maior autonomia na definição dos projetos de vida", nomeadamente entre a população feminina, que, além de estar a tornar mais longo o percurso escolar, está a reduzir o número de "casamentos precoces".
O estudo, divulgado durante um encontro para a avaliação da atribuição de habitação na malha urbana de Coimbra a famílias de etnia cigana, revelou um maior investimento das famílias ao nível da higiene e conservação da habitação.
O Planalto do Ingote, no entanto, continua a ser a área da cidade com maior concentração de população cigana, residindo ali cerca de um terço das 42 famílias ciganas da cidade, que ocupam cerca de 10% do parque habitacional da autarquia.
Carlos Nobre, do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, refere que embora "ainda insuficiente para as necessidades, o projeto de dispersão das famílias ciganas pela cidade, iniciado há três anos, tem contribuído para a melhoria da situação das comunidades ciganas".
A atribuição de habitação é fundamental para a inserção da comunidade cigana, mas áreas como a educação e a saúde também são indispensáveis para "encontrar o equilíbrio entre "a abertura e a tolerância".
A atribuição de habitação aos ciganos integra-se no projeto que tem vindo a ser desenvolvido em Coimbra e implicou a criação de um centro de estágio habitacional, pelo qual passam as famílias antes de serem alojadas em casas de diferentes bairros da cidade.
Na sequência do projeto, Coimbra deixou de ter, "há já alguns anos, acampamentos, tendas e barracas ciganas", mas recentemente, foram sinalizados "quatro casos de tendas e barracas", que, o vereador da habitação da Câmara, Francisco Queirós, explica essencialmente com a crise económica."
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fonte: http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Coimbra&Concelho=Coimbra&Option=Interior&content_id=2542955&page=-1
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