terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Joaquin Cortés: O Cigano que corre o mundo a Dançar"
Durante o espectáculo o bailarino disse ao cumprimentar o público:
"Quando era pequeno queria voar, conhecer o mundo, conhecer várias culturas. Essa criança cresceu e concretizou o seu sonho. Voou e levou a cultura cigana a todo o mundo, porque eu sou cigano!"
Em reportagem à comunicação social, Joaquin Cortes voltou a falar das suas origens ciganas e do seu papel como embaixador deste povo:
"Sou um 'cigano universal'. Aquele que, no presente, mais representa esta cultura no mundo. Sou, desde 2008, embaixador do povo romani, designado pelo Parlamento Europeu. Sinto-me muito orgulhoso por ser um pequeno 'grão de areia' em 5 continentes."
"Porque é que ficam os ciganos à porta?" DN, 27 Novembro 2010
Nesta Grande Reportagem, a cultura, a habitação, a família, o trabalho, a educação e a condição nómada desta comunidade são os pontos fulcrais desenvolvidos ao longo de seis artigos, onde é dada voz a membros da comunidade cigana e a técnicos que com eles trabalham diariamente.
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1721554
terça-feira, 9 de novembro de 2010
O Tempo dos Ciganos
"É no mais oriental dos países latinos que vive a maior comunidade de ciganos da Europa. Perto de 10 por cento dos 22 milhões de romenos são ciganos.
Ioan Cutitaru foi o primeiro cigano a ser eleito para um cargo público na Roménia. Para o presidente da Câmara de Barbulesti, uma vila em que 95 por cento dos habitantes são ciganos, o desmantelamento dos acampamentos em França, teve apenas objectivos eleitorais.
A medida foi popular entre os franceses, com uma taxa de aprovação de mais de 60 por cento. Mas o presidente Sarkosy sabe que como cidadãos europeus, nada poderá impedir os ciganos romenos ou búlgaros de circular livremente pelo espaço comunitário e consequentemente de regressar a França.
Como quase todos os homens ciganos de Barbulesti, Roma Nicolae não estudou além do 8 ano. Casou-se e teve o primeiro filho antes de fazer 16 anos, continuou a viver em casa dos pais e nunca teve um emprego fixo.
Com 18 anos começou a passar temporadas em França com a mulher.
Como muitas mulheres ciganas de Barbulesti, Ramona Nicolae nunca foi à escola. Os avós, os pais e os quatro irmãos também não aprenderam a ler, nem a escrever. Nunca pediu esmola em Barbulesti, onde o dinheiro que juntou a mendigar nas ruas de cidades francesas a coloca um patamar acima de muitas outras famílias.
Gabriela Stan não sabe exactamente quantos anos tem, mas sabe que tinha 14 anos quando se casou e 15 quando teve o primeiro filho. Passou um mês e meio em França a mendigar, mas não consegue precisar exactamente há quantos meses decidiu partir, nem como, sendo tão pobre, conseguiu pagar a viagem. O marido ficou na Roménia, mas os filhos mais pequenos também viajaram. Foi de autocarro e regressou com dívidas."
Fonte: sic online
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Portugal acusado de violar os direitos dos ciganos
Portugal é acusado de falhar nas suas obrigações para com a sua comunidade cigana, 40 a 60 mil pessoas, que vivem maioritariamente em condições de pobreza e exclusão. Além de tratados europeus, o nosso país é acusado também de violar a própria Constituição que não só proíbe a discriminação racial, como garante o direito a habitação condigna. E é nestas duas alíneas que a queixa se fundamenta.
Diz, por outro lado, que a sociedade portuguesa continua a ver os ciganos como incapazes de se adaptarem às regras dominantes, defensores das suas próprias normas e, portanto, alguém que não se quer como vizinho.
De norte a sul do país dão-se inúmeros exemplos: ninguém lhes vende ou arrenda casa e só indirectamente acabam por entrar nos programas de realojamento social. Quando conseguem, o retrato de Norte a Sul do país é que as casas não tem em conta a dimensão das famílias, muitas são mal construídas e ficam por regra a quilómetros dos centros populacionais, longe de transportes, serviços de saúde e comércio, sobretudo não há integração, ou seja, são bairros de famílias exclusivamente ciganas ou então partilhados com outras minorias como africanos destacam-se casos como Bragança onde vivem sobre um antigo depósito de lixo, ou seja, onde acabaram cercados por um muro de uma fábrica vizinha.
Pior ainda são as condições nos acampamentos ciganos onde, por regra, faltam as infra-estruturas mais básicas como água, luz, saneamento ou recolha de lixo. Situações - diz o relatório - que perpetuam a situação de pobreza e marginalização dos ciganos portugueses. O governo central é acusado de não fazer cumprir a lei, o poder local de ceder à pressão dos não ciganos para afastarem o mais possível estas comunidades.
Em concreto, até se acusa o Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Cultural de ineficácia e falta de independência. Desde o ano 2000 que existem multas contra a discriminação mas, das 190 queixas que recebeu até 2006, este organismo só aplicou duas multas.
A queixa contra Portugal foi aceite, apesar da argumentação do Governo e o processo está já em curso no Conselho da Europa.
Fonte: Renascença
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
França começa a expulsar ciganos
Os primeiros ciganos romenos que viviam nos acampamentos ilegais que o Governo francês mandou desmantelar nas últimas semanas vão ser expulsos hoje, conforme anunciou o ministro do Interior, Brice Hortefeaux, apesar de uma chuva de críticas da esquerda, dos media, da ONU, da Comissão Europeia e das autoridades de Bucareste e de Sofia.
79 ciganos de origem romena vão partir no voo de hoje, 136 serão reconduzidos na sexta-feira e 160 no próximo dia 26, confirmou o secretário de Estado para a integração da minoria cigana da Roménia, Valentin Mocanu, ontem citado pela AFP. Paris indicou que pretende expulsar até final do mês 700 ciganos romenos e búlgaros que viviam de forma irregular nos 51 acampamentos desmantelados em território francês.
O número de ciganos em França está estimado em 15 mil, mas nem todos são legais. Apesar de membros da União Europeia, um espaço em que existe livre circulação, como ontem lembrou Bruxelas, romenos e búlgaros estão abrangidos por um acordo transitório que os impede de permanecer mais de três meses em território francês caso não tenham aí qualquer actividade. As regras para entrarem no mercado de trabalho são também rígidas. A França alega, por isso, que não está a cometer nenhuma ilegalidade.
"As medidas decididas pelas autoridades francesas estão em plena conformidade com as regras europeias e não constituem nenhum atentado à liberdade de circulação dos cidadãos da UE", disse, à AFP o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, Bernard Valero, lembrando que o mais importante é a Comissão Europeia "apoiar os programas de reintegração" dos ciganos nos seus países de origem. E sublinhou a existência de uma directiva que permite a um Estado da UE "restringir a livre circulação por razões de ordem pública, de segurança ou de saúde pública".
Na origem do desmantelamento dos acampamentos e das expulsões "quase imediatas" estão os tumultos provocados pelos ciganos em Julho no centro de França, depois de um polícia ter matado um jovem cigano de 22 anos que não parou numa operação stop. Armados de machados e barras de ferro, os ciganos derrubaram árvores, semáforos, incendiaram carros, atacaram uma padaria e uma esquadra de polícia. Habitantes de alguns dos acampamentos mais antigos, como o de Hanul, que já teria uma década, estão a ser auxiliados por autarquias de esquerda, que classificam de "racismo de Estado" o plano securitário do Governo de Nicolas Sarkozy. O Presidente sugeriu mesmo retirar a nacionalidade francesa a pessoas de origem estrangeira que atentem contra as forças de segurança.
A ONU criticou a perigosa relação que está a ser feita em França entre imigração e criminalidade. "Esta política de humilhação dá uma visão degradante da acção pública. A França não é um país racista", escreveu o Le Monde. "Exprimo a minha inquietação em relação aos riscos de derrapagem populista e de reacções xenófobas num contexto de crise económica", declarou à rádio RFI Roménia o ministro dos Negócios Estrangeiros romeno, Teodor Baconschi.
Mas a verdade é que 79% dos franceses apoiam o desmantelamento dos acampamentos. E isso é o que importa a Sarkozy, candidato à reeleição em 2012. O ministro da Imigração francês, Eric Besson, tentou ontem pôr água na fervura, dizendo que este voo é normal e que este ano já é o 25.º. A França paga 300 euros aos adultos e 100 às crianças, como incentivo ao regresso. Muitos aceitam, mas depois tornam a voltar a França.
fonte: http://dn.sapo.pt
quarta-feira, 23 de junho de 2010
terça-feira, 27 de abril de 2010
Encontro Temático: Educação e Cultura Cigana
Inserido na semana da comunidade educativa, organizada pela Câmara Municipal de Moura, no dia 26 de Janeiro pelas 21h foi desenvolvido mais um Encontro Temático pelo projecto encontros.
Na junção entre a temática das comemorações e os objectivos do projecto, o debate foi centrado na “educação e cultura cigana”.
23 pessoas marcaram presença naquela noite fria, representando uma grande diversidade de perfis que enriqueceu desde o início a apresentação preparada pelo projecto.
Numa primeira parte, a apresentação centrou-se em dados estatísticos, para chegar a um ponto da situação da escolaridade das crianças ciganas no concelho de Moura. Várias fontes de dados foram utilizadas, sendo umas oficias, outras oriundas da observação participante da equipa do projecto, e ainda outras fruto de conversas e recolha de opiniões.
Além da componente quantitativa, destacou-se uma visão “dos dois lados” da dificuldade que representa a integração escolar das crianças ciganas. Problemas e oportunidades foram simultaneamente abordados, quer da perspectiva dos professores e técnicos de intervenção social, quer do ponto de vista das famílias ciganas, de forma genérica mas também de forma mais personalizada.
Rapidamente, e respondendo ao entusiasmo e envolvimento dos participantes, o debate invadiu o espaço, deixando cada um enriquecer o encontro pela sua própria experiência.
As conclusões desta parte foram muito positivas, demonstrando um interesse crescendo, quer por parte da comunidade cigana, quer por parte dos técnicos de intervenção sócio-educativa, numa verdadeira inclusão escolar das comunidades ciganas. Também se concluiu que a afectação de meios por parte da instituição Escola é um passo imprescindível a dar, meios realmente dirigidos ao apoio dos professores no seu trabalho de inclusão escolar das crianças ciganas. O desenvolvimento de respostas alternativas ao modelo actual da frequência escolar também foi apontado como solução temporária aos problemas de assiduidade constatados.
Na segunda parte do encontro, foi feita uma ligação entre os aspectos estatísticos destacados na primeira e alguns elementos conhecidos da cultura cigana que os podem explicar. Estes temas foram abordados de maneira muito mais informal do que previsto, ao longo do debate entre os participantes.
Sem reproduzir aqui a apresentação sobre cultura cigana, podemos aqui citar alguns destes exemplos:
- Que explicam a fraca assiduidade das crianças:
Algumas regras sociais das comunidades ciganas impõem aos pais a não frequência das aulas pelos filhos. Por exemplo, quando acontece algum conflito entre famílias, o costume é mandar uma das famílias envolvidas a sair da comunidade durante algum tempo, variável consoante a gravidade da situação. Ou então, sendo o casamento um evento de primeira importância para a vida social da comunidade, as famílias inteiras não hesitam em se ausentar por vários dias seguidos e participar ao evento.
Estes dois exemplos são alguns aspectos fundamentais da cultura cigana, que tem um carácter prioritário para a vida social da comunidade. Em nenhum momento se colocaria a dúvida faltar a estas regras por causa da obrigação de ir à escola.
- Que explicam a taxa alta de reprovação dos alunos ciganos:
Verifica-se nas comunidades ciganas uma taxa de reprovação maior do que nas comunidades não ciganas. Este elemento pode ser explicado por várias razões: em primeiro lugar pelo ciclo vicioso entre absentismo e insucesso escolar, um levando ao outro e vice-versa. Em segundo lugar pode ser também explicado pelo “perigo” que representa uma transição das crianças para o 2º ciclo do ensino básico, particularmente das meninas. Assim, a retenção no 1º ciclo constitui em muitos casos uma segurança para os pais, num espaço conhecido, balizado.
- Que explicam a pouca valorização da escola:
Em certas comunidades, a ascensão social dos indivíduos passa pela sua qualificação formal, via a escola (ser um “Doutor” continua a ser assunto de orgulho nas famílias). No entanto, nas famílias ciganas, a valorização de uma pessoa passa pelo seu casamento. Assim, as crianças são preparadas desde a infância para a sua união, sendo esse o assunto de orgulho das famílias. A sua formação faz-se então mais em casa do que na escola (os valores transmitidos são por vezes até paradoxais).
Resumidamente, e correndo o risco de omitir alguns elementos importante ao raciocínio, tentou-se então dar aqui um excerto do que foi o último Encontro Temático. Mútua compreensão, partilha de valores e construtivismo ficaram assim como algumas das palavras-chave deste momento.
Dia Internacional dos Ciganos
No passado dia 8 de Abril comemorou-se o dia internacional dos ciganos. Várias foram as iniciativas postas em marcha para assinalar este dia.
Em Lisboa teve lugar o Fórum Ibérico sobre a etnia cigana nos dias 8 e 9 na Fundação Calouste Gulbenkian, promovido pela Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos , Associação Cigana de Leiria, Federação Calhim Portuguesa e Asociación La Frontera.
Este fórum tinha como objectivos principais: 1. analisar a conjuntura da etnia cigana em Portugal e em Espanha; 2. motivar os agentes económicos e sociais e da administração pública para a implementação continuada e eficaz de soluções consensuais; 3. capacitar as Federações e Associações de Ciganos.
O projecto Encontros dado que trabalha com comunidades ciganas no sentido da sua inclusão escolar e social fez-se representar neste evento e aqui teve oportunidade de conhecer e reflectir sobre projectos para a integração destas comunidades e sobre os relatórios e politicas públicas de vários países na área.
O tema da escolarização destas comunidades, que têm níveis de literacia muito inferiores aos da comunidade no geral, é um tema caro e que mereceu um especial destaque durante este fórum. Foram assinaladas várias abordagens para a sensibilização à escolarização da comunidade cigana tais como: inclusão de mediadores ciganos nas escolas, existência de ATLs junto aos locais de vida destas crianças, introdução nos programas escolares de referência à história dos ciganos e aproximação entre professores e pais ciganos.
A par desta iniciativa a Segunda Cimeira Europeia dedicada à Inclusão do Povo Cigano realizou-se em Córdoba, Espanha, como um evento-chave da presidência espanhola do Conselho Europeu. Os debates focaram-se sobre os últimos desenvolvimentos da questão dos ciganos a nível europeu, em particular aos resultados de duas reuniões da Plataforma Europeia para a Inclusão do Povo Cigano e aos 10 princípios básicos comuns para a inclusão dos ciganos (Junho 2009).
Estes eventos a nível europeu, ibérico e nacional podem incrementar a partilha de experiências entre vários países que têm cidadãos ciganos e ser uma alavanca para a definição conjunta de estratégias concertadas, de longo prazo e adaptadas para a promoção da inclusão de comunidades ciganas. Assim esperamos que as consequências das mesmas se reflictam no caminho de aproximação entre comunidades ciganas e não ciganas aqui no nosso concelho.
terça-feira, 13 de abril de 2010
"Encontros" na Quarta Geração do Programa Escolhas
Sempre com a inclusão social da comunidade cigana rural do concelho de Moura, nomeadamente nas freguesias da Povoa de São Miguel e do Sobral d'Adiça, como um dos horizontes de trabalho, o projecto tem vindo a alargar o seu campo de acção, abrangendo diferentes públicos-alvo.
Para esta nova etapa, a equipa de trabalho conta com um novo reforço, o do Dinamizador Comunitário, ou seja, um elemento da comunidade cigana que desenvolve actividades com crianças, jovens e adultos da referida comunidade promovendo o dialogo intercultural e as competências pessoais e sociais de cada um como pertencendo a um grupo especifico mas também como inseridos numa comunidade maioritária; é igualmente uma ponte entre as duas comunidades.
Nesta geração, o projecto "Encontros" passou do recreio para a sala de aula, ao desenvolver actividades pedagógicas neste contexto, onde crianças ciganas e não ciganas interagem em trabalhos de grupo num ambiente de interajuda.
Por outro lado, tem sido de larga importância as reuniões com as mulheres ciganas no seio da sua comunidade, formando grupos de trabalho, de debate e de esclarecimento de dúvidas; é abordado um leque de temas que passa pela saúde, pela educação, pelas aspirações pessoais e sociais e pelo planeamento familiar entre muitos outros, que as pode apoiar no seu dia-a-dia e na sua autonomia enquanto cidadãs; para esta actividade o projecto conta a ajuda de um médica, que junto com os elementos femininos da equipa dinamizam estas reuniões.
Assim, o projecto "Encontros" continua a desenvolver um suporte de máxima relevância na inclusao social da comunidade cigana neste concelho e no despertar da sociedade para as dificuldades que esta vive.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Glossário de Termos relacionados com a Comunidade Cigana
Chavorrilho - Menino Cigano;
Homem/ Mulher de Respeito - Expressão que se refere a pessoas mais velhas da comunidade cigana, que pela sua trajectória de vida ganharam o respeito e a confiança da sua comunidade. As suas opiniões e decisões têm um grande peso para o resto dos ciganos e são, especialmente, relevantes na resolução de problemas. É o termo correcto a utilizar no lugar de patriarca, que é um termo não cigano e que não tem aceitação entre este povo;
Lei Cigana - Conjunto de normas e costumes que tradicionalmente determinam o comportamento do povo cigano. Trata-se de uma lei estabelecida a partir dos costumes, do desejo de adesão dos ciganos ao próprio grupo e é de transmissão oral. Não existe nenhuma estrutura estável e explicita que garantam o seu desenvolvimento, adaptação ou aplicação mas constitui-se como uma norma na medida em que é respeitada pelos ciganos, existindo sanções ou negociações entre as partes implicadas;
Moça - expressão cigana que se refere às raparigas solteiras até aos 12 anos de idade;
Payo/a - Pessoa não cigana. Não é um termo perjurativo.
Pedimento - acto em que tradicionalmente os noivos ciganos apresentam as suas famílias e estabelecem um compromisso formal entre ambos . Implica a aceitação, por parte das famílias, da relação entre os seus filhos. É equivalente ao "pedido da mão em casamento", pode ser normal ouvir-se a expressão "estar pedida";
Primo/Prima - termo que utilizam os ciganos para se referir entre eles. Não tem a ver com a relação de parentesco mas à pertença ao mesmo grupo étnico;
Povo Cigano - é sinonimo de Povo Roma, e sao formas de se referir ao conjunto de ciganos do mundo inteiro. Este nao está oficialmente reconhecido pelo Direito Internacional, apesar de partilhar uma identidade comum;
Roma - a tradução de cigano em romanó é "roma", rom (masculino) e romi (feminino). É o termo que significa cigano e identifica todas as pessoas ciganas do mundo, que segundo regiões ou países se podem identificar de diferentes formas;
Tio/ Tia - Termo cigano que se usa para se referir aos homens e mulheres de respeito;
(in "Guia para la actuacion con la comunidad Gitana en los Servicios Sanitarios", www.gitanos.org)